Calo-me, espero, decifro.
As coisas talvez melhorem.
São tão fortes as coisas!
Mas eu não sou as coisas e me revolto.
Tenho palavras em mim buscando canal,
são roucas e duras,
irritadas, enérgicas,
comprimidas há tanto tempo,
perderam o sentido, apenas querem explodir.
Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Parte de mim sente o que não deve sentir, quer o que não pode querer.
Parte de mim tem medo de tudo que não se deve temer.
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